When Facing the Things We Turn Away From

When Facing the Things We Turn Away From

“O processo para este álbum realmente aconteceu por acidente”, diz Luke Hemmings sobre o seu primeiro álbum solo. “Quando todo o mundo se isolou no ano passado [2020, devido à pandemia do coronavírus], eu tive muito tempo para refletir sobre a minha juventude e a pessoa que fui, quem eu me tornei e quem eu quero ser. E a melhor maneira de enfrentar essas coisas e processar os meus pensamentos é compondo.” O cantor e compositor nascido em Sydney e residente de Los Angeles tem 25 anos e dez de carreira, que começou quando ele criou o 5 Seconds of Summer, em 2011. Com a fama global do grupo de pop-rock liderado por Hemmings, vieram as intermináveis turnês, que só pararam com a chegada da pandemia. Foi a primeira vez em anos que Hemmings conseguiu ficar em um mesmo lugar por mais tempo, o que fez com que ele se concentrasse em si mesmo, no seu passado e na sua carreira solo. “Eu estou em uma busca constante para me aprimorar como artista, compositor, músico e ser humano”, diz ele. “O grande objetivo era fazer com que a sonoridade do álbum refletisse as emoções nas quais eu estava imerso ao escrevê-lo.” A seguir, Hemmings comenta o significado e as histórias de cada faixa de When Facing the Things We Turn Away From. Starting Line “A letra e a música de ‘Starting Line’ são uma reflexão sobre dez anos da minha vida, que pareceram durar para sempre, mas também aconteceram em um piscar de olhos. É sobre esquecer partes da sua vida, não por causa de vícios, mas pela velocidade e a intensidade das coisas. Eu tive que descobrir sozinho como preencher todas as lacunas de uma forma positiva. Eu adoro como esta música se constrói e a emoção que ela passa. É o primeiro passo perfeito para o resto do álbum.” Saigon “Esta música foi inspirada em uma viagem que fiz com a minha noiva e com as nossas mães ao Vietnã. O álbum todo foi escrito nos momentos de isolamento na quarentena, e passei aqueles meses enfrentando as coisas das quais eu tinha me distanciado – as boas, as ruins, os meus arrependimentos, a necessidade de buscar ajuda. Naquele tempo, eu fiquei pensando em como a viagem foi eufórica e como eu queria continuar indo atrás daquelas alegrias que senti. Refleti sobre a triste verdade de que às vezes não conseguimos apreciar os melhores momentos da vida até que eles passem e estejam distantes.” Motion “‘Motion’ é sobre desconfiar de como você enxerga os seus próprios pensamentos e a forma como o mundo se move ao seu redor. Para ser bem sincero, esta foi a primeira vez na minha vida que fiquei com medo e motivado o suficiente para procurar ajuda profissional para cuidar da minha saúde mental. Eu não conseguia confiar nos meus pensamentos e nas vozes da minha cabeça, e esta música me lembra aqueles momentos.” Place in Me “Esta é a única música do álbum que, no geral, é igual à primeira demo. Não houve mudanças nem ajustes posteriores na produção ou na composição. Acho que é isso que torna a faixa fascinante. Ela fala sobre decepcionar alguém, é como se fosse uma mensagem de voz na secretária eletrônica da pessoa.” Baby Blue “Musicalmente, ‘Baby Blue’ foi inspirada em artistas como George Harrison. É sobre escapismo; é aquele instinto de se esconder no quarto quando você é criança, mas, depois que você cresce, isso se transforma em vícios e maneiras diferentes de fugir da realidade. O ‘wonderland’ [‘país das maravilhas’] citado no refrão é o lugar para onde você vai na sua cabeça, do jeito que der, e como é tentador querer fugir e ficar lá para sempre.” Repeat “‘If life’s a game of inches, how'd you get miles away?’ [‘Se a vida é um jogo de centímetros, como você está a quilômetros de distância?’] foi o primeiro verso que fiz para esta música. Eu estava ouvindo muito Neil Young na época e queria escrever uma música que o deixasse orgulhoso. ‘Repeat’ é sobre aquela sensação de ir atrás de algo durante muito tempo, ou viver de uma certa maneira por muito tempo, para depois começar tudo de novo – e irreconhecível para você mesmo.” Mum “Esta música é basicamente uma carta para minha mãe. Eu acho que você valoriza mais a família à medida que fica mais velho. Amadureci muito e apreciei demais a minha família nesses dois anos em que não pude vê-la. Um dos meus momentos preferidos do álbum está no final desta música – adoro a sensação que ela provoca. A parede de guitarras e de sintetizadores e o vocal suave se equilibram lindamente.” Slip Away “‘Slip Away’ é sobre aquele momento em que tudo de ruim que você já fez fica passando na sua cabeça antes de você dormir. A dor constante de esperar que pessoas queridas te abandonem assim que descobrirem quem você realmente é. Ela foi escrita em uma cabana no meio da floresta, e certamente soa assim para mim quando a escuto. Às vezes, quando fico extremamente feliz, tenho a sensação de que não mereço isso, quase como se eu fosse um impostor.” Diamonds “É o mais sincero que já fui em uma música. Para ser franco, eu achava que não chegaria aos 25. Por diversos motivos. É sobre ser jovem e passar por um turbilhão de experiências e ser incapaz de lidar com isso de várias maneiras.” A Beautiful Dream “Esta foi a última música que compus para o álbum e foi escrita em casa. Vem da palavra ‘zenosyne’, que é a sensação de que o tempo passa mais rápido conforme você envelhece. Eu não fui visitar a minha família na Austrália durante quase dois anos – e ainda não fui –, e a música foi inspirada pelas lembranças de uma criança. Tem uma mensagem de voz da minha mãe escondida na música. Eu acho difícil lembrar das coisas em geral, então suponho que seja sobre não querer que as minhas lembranças mais preciosas desapareçam.” Bloodline “‘Bloodline’ é a música que levei mais tempo para escrever e é uma música extremamente especial para mim. É sobre lutar contra o vício e fazer escolhas na vida, mas olhar para trás e se perguntar: ‘Isso é genético? Estou destinado a ser essa pessoa e lutar contra essas coisas ou posso lutar contra a genética, lembrar das coisas que mantêm meus pés no chão e me tornar a pessoa que sei que posso ser?’. É também a única música do álbum gravada só com um instrumento e um vocal.” Comedown “‘Comedown’ foi composta principalmente ao piano em casa. Depois ela passou por muitas versões na produção até ficar assim. É como se eu não tivesse escrito esta música, tenho a sensação de que ela foi dada para mim. Eu me inspirei na ideia de fazer a mesma coisa várias vezes, esperando um resultado diferente, e viver constantemente em um ciclo negativo de ações e emoções. ‘Let it come down on me’ significa se permitir sentir tudo: o bom, o mau e todo o resto.”

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