KEYS

KEYS

O oitavo álbum de estúdio de Alicia Keys, um lançamento duplo, tem tudo a ver com dualidade. Para uma artista com mais de duas décadas de carreira, essa característica é uma questão temporal e de estilo. Por um lado, ela quis fazer uma reverência, como ela explica a Ebro Darden, do Apple Music: “O objetivo é homenagear aqueles que vieram antes e reconhecer os grandes artistas que foram fundamentais para mim.” Por outro lado, ela quer celebrar o seu amor pelo hip-hop, sampleando a si mesma e conferindo um novo aspecto às músicas. Ela então dividiu KEYS em duas partes: “Originals” e “Unlocked”. “Originals” apresenta a essência da cantora e compositora, bastante influenciada pelo jazz. “Isso surgiu a partir da simplicidade do piano, da caneta e da voz”. Músicas como “Love When You Call My Name”, “Daffodils” e “Like Water” refletem esse espírito com elegância. A primeira parte funciona como um retorno à sonoridade clássica de Keys: emoção pura, coragem e força. Já “Unlocked” utiliza trechos de músicas da primeira metade e os reconfigura, geralmente em um som mais grandioso, com a ajuda do produtor Mike WiLL Made-It. Melodias analógicas e arranjos discretos são combinados com baixo eletrônico e sintetizadores. “Old Memories”, com uma textura magnífica, se transforma em uma balada dos anos 80, enquanto o blues solene de “Is It Insane” (música composta na época do álbum The Diary of Alicia Keys, de 2003) se torna algo mais sensual. As qualidades que fizeram de Keys uma grande estrela estão por todo o álbum. Em versão acústica ou altamente produzida, ela atua a serviço de uma visão que é, e sempre foi, transcendente e exclusivamente dela – os dois lados da mesma inestimável moeda.

Disco 1

Disco 2

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