Why Me? Why Not. (Deluxe Edition)

Why Me? Why Not. (Deluxe Edition)

Depois de iniciar a sua carreira solo com o álbum de platina As You Were, de 2017, Liam Gallagher teve um lema simples para o álbum seguinte: fazer de novo e fazer melhor. “Nunca vou mudar meu gênero de música”, diz ele ao Apple Music. “Eu sei o que meus fãs querem e o que não querem ver, então é muito fácil. Não estou tentando criar Sgt. Pepper, ou The Wall. É o que é. Neil Young não mudou o seu som por 40 anos, porra, e ninguém fala disso. E não estou dizendo que sou Neil Young, pois estou longe disso.” Liam está bem ciente do que ele é: o maior cantor de rock ’n’ roll de sua geração. Em Why Me? Why Not., sua voz estala com amor, sabedoria, acidez e angústia. Ele está tão magnético quanto era quando o Oasis estava no seu período imperial — e estas são algumas das melhores músicas que ele fez nas últimas duas décadas. Ele está comoventemente cáustico em “Shockwave”, glam rock com pegada, e injeta adrenalina em “The River”, um conjunto de cabos elétricos de psy rock para a alma. Os momentos de ternura são igualmente emocionantes, principalmente quando ele promete amor duradouro à sua filha Molly em “Now That I’ve Found You”. A obra central é “Once”, uma música reflexiva de encher o coração com o tipo de refrão arrepiante que ele faz muito bem há 25 anos. “É uma daquelas músicas que você encontra a cada dois anos ou uma vez na vida”, diz ele. “Tivemos algumas dessas no Oasis. Se Noel tivesse escrito ou fosse lançada com o nome de Oasis, acho que muita gente estaria tendo orgasmos. Acho que está no mesmo alto nível que tudo que Lennon ou Pink Floyd ou Bowie fizeram. Eu sinto que levito quando estou cantando essa música. Então, se você me vê flutuando no céu, sabe que estou me divertindo.” Em “One of Us”, ele canta: “Vamos lá, eu sei que você quer mais / Venha e abra sua porta / Depois de tudo, você descobrirá / Você sempre foi um de nós”. É uma bandeira branca estendida para Noel — não que Liam ache que será aceita. “Oh, Deus, não. De jeito nenhum, cara. Ele não quer entrar no ringue comigo de novo, por muitas razões. Você sabe por quê? Porque ele sabe que precisa dividir o peso e, ao meu lado, ele se torna muito, muito pequeno. Ele já é pequeno pra caralho. Então ele não quer isso, ele quer ser o centro das atenções. Mas você continua tentando, não é? Eu acho que essa será a última vez. Chega. Eu vou continuar com as minhas coisas, cara.” “Mas eu ainda vou encontrá-lo porque ele precisa ser encontrado. E ele vai me encontrar porque eu preciso ser encontrado. Mas isso é amor, amor, amor, não é ódio, ódio, ódio. Eu não o odeio. Eu o amo, você entende?” O fim explosivo do Oasis e o término mais suave de sua banda seguinte Beady Eye não foi o que Gallagher havia planejado para os dois grupos. Mas, tendo encontrado dois colaboradores “que sabem exatamente o que eu sou” — os produtores-compositores Greg Kurstin e Andrew Wyatt —, ele está se dedicando ao negócio de ser a voz singular e marcante de grandes e emocionantes músicas de rock. “Escute, cara, eu estava há quatro anos no deserto sem fazer nada”, diz ele sobre o momento difícil entre o Beady Eye e As You Were, que incluiu um divórcio. “Eu não estava preso no deserto sem comida. Eu não fui capturado pelo Talibã. Eu estava no pub enchendo a cara, mas, ainda assim, isso foi uma coisa boa para eu colocar minha vida pessoal em ordem. Você não pode ter uma casa desarrumada. Eu tenho muito o que fazer. Enquanto as pessoas quiserem, eu farei isso, porque não há mais nada a fazer, e é o melhor emprego do mundo, porra.” Vinte e cinco anos depois que ele surgiu com o Oasis, Gallagher está em ótima forma pessoal e profissional e está fazendo o que sempre se propôs a fazer: “Cantar algumas músicas e se divertir”. Why Me? Why Not. é mais uma prova de que o universo do rock é um lugar melhor e mais brilhante com ele. “Sou bom em ser um rock ’n’ roll star. Há uma nova geração por aí que quer uma fatia disso, e eles estão conseguindo.”

Selecionar um país ou região

África, Oriente Médio e Índia

Ásia‑Pacífico

Europa

América Latina e Caribe

Estados Unidos e Canadá