Nightmare Vacation

Nightmare Vacation

“Para mim, este álbum foi uma daquelas experiências que me ajudaram a me moldar como pessoa,” Rico Nasty conta ao Apple Music sobre a criação de Nightmare Vacation, seu álbum de estreia. “Sinto que eu não tinha passado por algo assim desde o meu filho.” Todas as melhores qualidades da rapper nascida e criada na área metropolitana de Washington, nos EUA, são aperfeiçoadas e amplificadas neste que é um de seus trabalhos mais punk e, ao mesmo tempo, polidos – um conceito totalmente maturado que exigiu um pouco de reflexão e autoconfiança para ser criado. “Sinto que quando você está trabalhando com música, maquiagem, merchandising e todos esses caminhos paralelos, você fica sobrecarregado. Acho que foi por isso também que escolhi o nome Nightmare Vacation,” ela diz. “Eu estava esgotada e me peguei muitas vezes deixando outras pessoas definirem objetivos por mim e me dizerem para onde eu deveria ir, em vez de eu simplesmente seguir o caminho em que já estava.” Músicas como “Candy” e “No Debate” trazem uma Rico mais segura e confiante com relação a suas habilidades e seu lugar como um dos talentos mais originais do rap. Sua propensão em experimentar ao longo de Nightmare Vacation – e como, todas as vezes, ela chega a um resultado que se encaixa bem no seu estilo – é a maior prova da magia que resulta do encontro do talento com a coragem. “Eu não me apressei para terminar uma música ou para entrar no embalo de algum som da moda. Eu não tentei me encaixar em o que quer que estivesse rolando lá fora”, acrescenta. “Às vezes, ser você mesma pode ser assustador, porque você não sabe se as pessoas vão te amar ou te odiar, mas acho que a minha forma de me vestir também me preparou para isso. Não ligo pra gente que me critica.” Candy “Muitas vezes eu rimo em cima de beats malucos. Apesar deste também ser um beat bem louco, em geral rimo sobre um beat de rock ou de alguma m**da com um baixo bem pesado. Muitas vezes estou simplesmente curtindo a onda, tentando ser o mais humilde possível, mas sinto que já fui humilde por tempo demais. Essa é a minha parada, e eu só queria me apropriar disso.” Don’t Like Me “Essa colab caiu do céu, mas acho que é assim que muitas grandes músicas acontecem, e sou muito feliz por ter Don Toliver e Gucci Mane nessa. Os dois são muito talentosos, lendários. Mas é isso aí, essas minas não gostam de mim. Elas realmente não gostam. Isso que é louco. Não sei se eu as deixo assustadas ou sei lá o que, mas elas não se metem comigo.” Check Me Out “‘Check Me Out’” é pras minas que atraem olhares em todos os lugares que vão – tipo, em todos os lugares por onde elas passam, os caras quebram o pescoço, e as pessoas perguntam como você consegue fazer isso. Essa música é sobre acreditar em você mesma. Nesse som, especificamente, não quero que as pessoas pensem em Rico Nasty – quando você canta junto, é mais para você mesmo. Você pode ter passado o dia inteiro na cama, mas quando ouve ‘Check Me Out’, vai querer levantar, vai querer fazer alguma coisa e se sentir como uma mina f*da, de um jeito agressivo.” IPHONE “Eu estava pensando no futuro, que estranhamente se tornou real. Foi um pouco do futuro e do passado, porque eu faço referência ao Myspace, mas também falo de fumar tanto, a ponto de esquecer de colocar minha máscara. Escrevi essa música em 2019 e em 2020 todo mundo teve que usar máscara. Achei isso super bizarro, mas a gente vai seguir nessa onda.” STFU “Só quero que as pessoas calem a boca, de verdade. Sinto que, por causa da internet, as pessoas dão opiniões que não são necessárias, desejadas, solicitadas, e às vezes isso fica meio desconfortável para nós artistas. Obviamente, você não pode responder todo mundo individualmente e dizer ‘calem a boca’, então tentei fazer meus haters se sentirem especiais dando a eles uma música personalizada.” Back & Forth “Toda vez que penso nessa música, penso no Aminé fazendo o verso dele e o meu verso não tendo nada a ver com o que ele está dizendo. Foi muito hilário. Eu amo o Aminé. Ele me ajudou a sair um pouco da minha zona de conforto, porque eu nunca me senti confortável falando dessas coisas. Ele me ajudou a escolher o beat, e, naquela noite, ele estava com o [produtor francês] CashMoneyAp e tal. Ele é demais! Eu amo o Aminé. Ele é um dos meus três rappers favoritos da geração dele.” Girl Scouts “A inspiração por trás desta faixa foi: eu sentada, conferindo minhas mensagens, vendo minhas mentions, e nas fotos sempre rolam umas minas vestidas igual a mim, recriando meus looks de maquiagem e simplesmente pagando de Rico Nasty. Vou chamá-las de Sugar Soldiers [soldados de açúcar] e The Nasty Mob [Gangue Nasty] – considero elas escoteiras agora, porque teve uma época em que eu fazia alguma coisa e, quando via as pessoas fazendo igual, eu ficava ofendida ou super territorial. Lembro de alguém que fez uma tatuagem exatamente igual à minha, fiquei muito p***. Acho que isso é outra coisa que vem com o amadurecimento e tem sido uma grande mudança na minha vida, porque aprendi a recuperar meu poder. Nós somos um exército. Nós somos escoteiras. Nós estamos na porta da sua casa. Se você tretar com uma, vai ter que encarar todas. Eu as amo tanto.” Let It Out “Essa meio que conta a história de toda a minha carreira. Amo esse verso porque acho que estava me divertindo muito nessa parte. É o estilo de batida mais maluca, do tipo que entro na onda e fico a milhão por alguma razão. Nas mais melódicas, eu ficava um pouco mais intimidada, mas nessa... acho que fiz a música muito rápido, e não curti muito de primeira. E toda a minha equipe e meu empresário vazaram ‘Let It Out’ no Twitter para ver se as pessoas curtiriam, e elas ficaram tipo: ‘Por favor, solta essa,’ e eu fiquei tipo: ‘P****, eles curtiram muito.’ Essa foi uma das mais divertidas.” Loser “Não diria que sou a rainha das surpresas, mas nunca gostei de dar às pessoas o que elas esperam. O Trippie [Redd] é fantástico. Espero que voltemos a trabalhar juntos. Ele me devolveu minha música muito rápido, e até me visitou no estúdio quando fiz a música dele – ele é realmente sensacional. Estou ansiosa por aquela coisa punk, aquela gritaria rock‘n’roll. Nós dois temos haters. Nós dois lidamos com pessoas que nos chamam de esquisitões ou dizem que nos vestimos de um jeito estranho. E aí tem a outra metade que se veste como a gente. Eu pensei nessa música numa pegada Meninas Malvadas. ‘Everybody's going to want to be like us, but they can't sit with us’ [Todo mundo quer ser igual à gente, mas eles não podem se juntar a nós]. Nós vamos chamar o Trippie de ‘Trippie Lohan’. Ele tem o cabelo vermelho como a Lindsay Lohan, então é bem engraçado. Essa música tem um flow muito bom, é bem melódica, mas também bate pesado.” No Debate “Eu falo sobre dar de volta a energia e o poder aos meus fãs com esse álbum, e só quero dar a eles coisas que os deixem de bom humor e os façam sentir o batidão. Digo que essa música foi definitivamente inspirada na era Nasty. Quando a fiz, estava escutando muito a minha mixtape Nasty, e acho que essa música tem a onda daquela época, que não está presente no álbum.” Pussy Poppin “As pessoas não fazem ideia, mas sou muito tímida pra falar sobre esse tipo de coisa. Sempre que fazia uma música sobre esse tipo de coisa antes dessa, eu dizia: ‘Saiam do estúdio. Por favor, vão embora.’ Fico nervosa pra ca****o e minha mão começa a suar quando tento fazer rap sobre sexo. E nessa noite, mano, não sei o que aconteceu comigo. Eu quis me divertir. Obviamente a gente fala sobre como esses caras não valem nada, mas acho que algumas das melhores músicas são aquelas em que a gente está comemorando o fato de o nosso boy mandar bem. Sinto que não temos tantas músicas desse tipo, e eu quis fazer esse som para todas as garotas por aí com seus namorados, que não costumam falar sobre essas coisas, mas gostariam de falar.” OHFR? “Lembro que foi um daqueles dias bem sombrios e a música saiu bem rápido. Dylan [Brady] estava lá, e a parte exaustiva dessa música foi a p**** do beat. Quando tentamos fazer a batida, tinha algo errado com o BPM. Estava estranho e as pessoas diziam: ‘Nem sei se você vai conseguir cantar em cima disso, pela forma que o beat está estruturado’, ou sei lá o quê. Mas, mesmo assim, consegui e a gente pirou. ‘OHFR?’ é definitivamente um hino para as pessoas mostrarem o dedo do meio – ela é bem agressiva.” 10Fo “É como se eu estivesse falando comigo mesma nessa música. É aquele diabinho no seu ombro fazendo m****. Obviamente, não estou tentando convencer as pessoas a fazer m****, mas quando escrevi essa música foi definitivamente um momento em que estava com raiva e queria pegar meu poder de volta, então só desabafei. Eu estava um pouco hesitante sobre lançar essa música, porque jamais quero que alguém faça m**** ouvindo meu som. Mas essa, de todas as minhas músicas, me deu vontade de sair quebrando tudo, ir pra cima e, seja lá quem tenha me feito mal, apavorar com eles. Não me importo. É a trilha sonora pra encher um cara de porrada. A gente já batia nas minas antes, mas acho que essa música em particular é definitivamente sobre dar o troco em um cara.” Own It “Acho que em ‘Own It’, eu estava tentando canalizar aquela vibe de viagem, mas ainda assim, um tipo de viagem Rico Nasty – bem glamurosa, assustadora, estranha, de um jeito bem próprio. Também acho que ‘Own It’ é sobre ser dona da p***a toda, ser dona da minha ilha. Também é para as minas sentirem que são donas da p***a toda, e para não se esquecerem disso, porque precisamos de um grande espaço cheio de minas f***. Um salve pra Kreayshawn.” Smack a Bitch (Remix) “Bom, acho que todas as minas que eu chamei para essa música são muito ávidas e grandes candidatas a dar um pau nas vadias. Sukihana dá um pau numa mina em um segundo, ppcocaine dá um pau numa mina em um instante, e eu tenho certeza que a Rubi Rose daria um pau numa mina ou num cara em um instante. Também as coloquei na música porque sinto que, de um jeito ou de outro, elas me inspiraram a ir pra cima sem dó, só pelas coisas que elas tem que encarar diariamente. A Suki é mãe. A ppcocaine é uma nova estrela do TikTok e tal, e é dureza o TikTok, porque as pessoas podem ser bem grosseiras por lá. E a Rubi Rose é uma mina linda que já era bem conhecida, e muita gente tenta diminuí-la como rapper, e eu odeio quando as pessoas fazem isso. Acho que a cena rap das minas agora é punk pra cacete. A gente não tá nem aí. Mostramos a bunda, mostramos os peitos. Falamos o que queremos. Obviamente, hip-hop sempre foi isso, mas, na minha cabeça, nós parecemos um bando de rockstars.” Smack a Bitch (Bonus) “Não sei bem o que é que essa música tem. Obviamente, gostaria de pensar que as pessoas são atraídas por ela por causa das circunstâncias e de como foi feita. Ela provavelmente faz as pessoas quererem brigar, e toda essa bobagem. Mas sinto que, com o tempo, ela passou a ser uma dessas músicas. É uma faixa divertida, e é divertido tocá-la. É provavelmente a música mais rápida que já fiz, e com a qual mais me diverti quando a fiz no estúdio. Sou muito grata a todo mundo que fez parte dela, porque ela me incentivou a fazer meu próprio rolê mais ainda.”

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