The Art Of Closure

The Art Of Closure

“Isto é tudo o que eu gostaria de dizer”, revela GRACEY ao Apple Music sobre o seu segundo EP, The Art Of Closure. “Às vezes eu estou no chuveiro e penso: ‘Eu deveria ter dito isso’. E é daí que vêm todas as letras”. Esses pensamentos no chuveiro abrangem, em grande parte, a superação do amor perdido, já que a talentosa cantora e compositora pop retorna ao tema da separação, explorado no seu primeiro EP, Imposter Syndrome (2019). Mas se naquele EP a artista de Brighton parecia magoada, aqui GRACEY está desafiadora: ela abraça a importância do fim de relacionamento com pop criativo e emotivo. “Eu acho que o meu ex deve ter ouvido Imposter Syndrome e achado: ‘Ela ainda me ama’. E agora eu digo: “Escute este aqui e pense: ‘Oh, meu Deus, eu estraguei tudo’”. Lançado logo após o Reino Unido ter entrado no segundo período de confinamento em 2020, The Art Of Closure também oferece reflexões sobre ficar sozinha no quarto, tempo de tela e dependência das redes sociais – mas não pelos motivos que você está pensando. A cantora, cujo nome verdadeiro é Grace Barker, escreveu a maioria das músicas depois de uma cirurgia nas cordas vocais em junho de 2019, que a deixou sem falar por duas semanas e, em seguida, ficou confinada em seu quarto de infância por três meses. “Isso me abalou. Não saber se iria poder cantar de novo foi assustador”, diz ela. “Mas muita coisa pode acontecer em um ano. Não posso deixar nada na minha vida me segurar por muito tempo”. Leia abaixo os comentários de GRACEY sobre The Art Of Closure, faixa a faixa. “99%” “Eu escrevi esta música há três ou quatro anos, e foi uma das músicas que me levou a assinar o contrato com a gravadora. Eu tenho me apegado a ela desde então. Eu a compus com meu amigo [compositor e produtor britânico] Starsmith. Ele tocou a linha de baixo e imediatamente foi, tipo: ‘O que é isso?’. Foi muito empolgante. A música fala de quando você ainda não superou completamente alguém – você está em 99% – e tem outra pessoa em vista. Ela chega e muda a sua cabeça.” “Empty Love” “Esta é uma música de amor às redes sociais e fala sobre a validação que você recebe das pessoas. Eu não queria que fosse enfadonho, tipo, ‘Não use o celular’. Eu queria que fosse, tipo, ‘Eu também faço isso. Eu preciso que você me dê amor. Preciso que você me diga que eu sou aceitável, que você me acha bonita e legal’. Conheci Ruel em fevereiro de 2019, como compositor, e nos demos muito bem. Ele é muito engraçado, um cara muito bom e muito talentoso. E quando eu escrevi ‘Empty Love’, achei que ela tratava de assuntos sobre os quais tínhamos falado naquele dia. Ele adicionou muita coisa à música e a levou a outro patamar.” “Don’t” “Dependendo do seu estado de espírito, esta talvez seja uma das músicas mais tristes do EP. Ela vai direto ao ponto e é basicamente tudo o que eu gostaria de ter dito em vez de lançar Imposter Syndrome. O que adoro em ‘Don’t’ é que ela é pesada e caótica e há muita coisa acontecendo, mas a melodia é bem calma. Acho que, num relacionamento, quando você chega ao ponto em que sabe que acabou e não consegue mais gritar, mas sabe o que tem de ser dito, você fica calma. Tem muita coisa acontecendo sob a superfície. Mas o que você está realmente dizendo é muito simples.” “Like That” “Os meus amigos sempre dizem: você só consegue terminar com alguém depois que se vê com outra pessoa. Você precisa se abrir para essa situação. Mas quando é a pessoa certa, no momento certo, isso simplesmente acontece e você não precisa pensar muito. Isso é o que esta música significa para mim. As pessoas ouviram esta música quando postei um trecho no Instagram há um tempo atrás. Eu recebia uma ou duas mensagens toda semana perguntando quando ria lançar a música. Com o confinamento, eu realmente consegui terminá-la – aprimorando-a, reescrevendo-a e mandei para [o artista pop de Chicago e vocalista convidado em ‘Like That’] Alexander 23. Ela foi concluída no meu quarto, e eu adorei.” “Care Less” “Quando estou compondo, sempre digo: ‘Me dê os acordes mais alegres do mundo e eu lhe darei algo para chorar’. Existe essa justaposição nesta música, com a delicadeza dos acordes. Quando escrevi a primeira estrofe, sinceramente me senti uma rapper, porque saiu tudo de uma vez. A partir daí, foi uma sessão de terapia. ‘Care Less’ reúne todas as coisas de ‘Don’t’. Mas o que é surpreendente sobre esta música é que eu a escrevi literalmente há um ano, na época em que fiz Imposter Syndrome. Acho que ainda não estava pronta para me escutar. Os vocais foram gravados antes da minha cirurgia, e posso ouvir a dor na minha voz. Eu não a mudei, embora talvez devesse, porque é algo muito intenso quando a escuto.” “Alone in My Room (Gone)” “Esta música era originalmente chamava ‘Gone’. Daí, entramos no período de confinamento e eu fiquei, tipo, ‘Estou de volta ao meu quarto. Isso é hilário’. Então mudei o nome dela. Esta faixa é muito mais vulnerável do que as outras do EP. [Em uma separação], há dias em que você se sente incrível e fica bem por meses e meses. E de repente você faz uma besteira. E tem que continuar. Eu queria colocar esta música neste EP porque tem a ver com ele. Você está dizendo: ‘OK, a pessoa foi embora’. Todo o meu primeiro EP era como me manter com alguém. Espero que as pessoas possam ouvir esta música e saber que, embora seja uma situação assustadora, você não está sozinha e tem que enfrentá-la. Todos passam por isso, e a jornada de cada um é diferente.” “Don’t Need Love” “220 KID e eu fizemos uma sessão no estúdio, e imediatamente rolou. Ele tinha o refrão desta música, eu ouvi e me apaixonei por ela. A gente voltou, retrabalhamos a música e a transformamos em algo que achei que poderia entrar no meu set. Esta música tem sido um turbilhão. Foi insano estar no top 10 este ano [2020], mas também foi bem legal. Lembro-me do dia exato em que operei minhas cordas vocais, 26 de junho de 2019. E um ano depois, 220 KID e eu estávamos nas paradas. E isso me fez perceber que muita coisa pode acontecer em um ano. Você só tem que continuar.”

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