Jewel Gems

Jewel Gems

Matheus e Paulo se conheceram em 2015, em uma festa organizada pelos amigos do colégio, quando os dois tinham 15 anos. “Um amigo em comum nos apresentou porque nós dois fazíamos som”, conta Paulo ao Apple Music. “Quando Matheus apareceu, trocamos uma ideia e fomos tocar. Essa foi a primeira vez em que discotecamos juntos, foi um back-to-back superimprovisado, sem sistema de som. Mas foi massa, o auge da nossa criatividade.” E assim, de maneira despretensiosa, nasceu o Deekapz. O nome do duo, porém, passou por algumas mudanças. “Era Trashplayer, mas a nossa sonoridade mudou e resolvemos mudar para Dropkillaz”, explica Paulo. No entanto, para não serem confundidos, foram obrigados a alterar novamente. “Surgiu uma oportunidade de tocar com Tropkillaz, para colaborar em uma faixa, então achamos que ficaria muito estranho. Por isso, em 2018, passamos a ser Deekapz.” Desde então a dupla do interior de São Paulo não parou de crescer, fazendo até mesmo a produção da música “Fellini”, do Criolo. “Foi incrível. O produtor Daniel Ganjaman convidou e a gente foi”, revela Matheus. Com uma mistura de jazz, soul e gingado brasileiro, e influências que vão do samba ao rapper Timbaland, o Deekapz lança o seu primeiro álbum, Jewel Gems, que de maneira proposital remete a pedras preciosas. “Compilamos algumas faixas que já tínhamos soltado, mas não estavam em nenhuma plataforma. Conforme fomos crescendo, fomos entendendo que precisávamos soltar as músicas. Assim, fizemos este álbum, que foi produzido há um tempo e com coisas raras, como joias”, explica Matheus. As oito faixas que compõem Jewel Gems foram gravadas no estúdio na casa do Matheus, onde a dupla se reúne para trabalhar, de maneira intimista. Abaixo, o Deekapz conta detalhes de cada uma das músicas do seu álbum de estreia. Toma Matheus: “Nós a produzimos depois de um show que fizemos em Campinas, e na época tinha um som que estava estourado e tinha virado meme, que se chama ‘Toma Karen’. E eu não sei o porquê, mas achávamos graça disso, então resolvemos fazer um som com a palavra ‘toma’, mas meio porque estávamos na vibe desse som do ‘Toma Karen’.” Inside Paulo: “Ela é uma track bem especial, porque o nosso processo não segue um padrão: às vezes apenas acontece de vir a inspiração. ‘Inside’ foi uma das faixas que Matheus já tinha começado a fazer e eu me lembro de ter ido até a casa dele para escutar o material, trocar umas ideias, e quando escutamos juntos, percebemos que estava muito bom e precisávamos lançar com certeza. E então soltamos na internet. É uma das nossas músicas de que mais nos orgulhamos porque é uma trilha muito forte. É impressionante como eu a vejo em comerciais, encaixa perfeito.” Matheus: “Foi a primeira faixa que experimentamos gravar o cavaco. É mais um detalhe técnico, mas foi uma das primeiras vezes que a gente experimentou usar um instrumento. Até então a gente sampleava bastante, mas não tinha como gravar as coisas. Aí eu consegui comprar um microfone, e rolou colocar um instrumento orgânico na nossa música.” Higher Paulo: “Ela também veio dessa onda do final de 2018, quando estávamos bem fascinados pela sonoridade de vozes sampleadas, com um drop mais marcante. O sample é bem legal.” Vibes Matheus: “Foi nesta faixa que nós começamos a experimentar com vozes.” Caught Me Paulo: “Esta é boa, é aula, bem especial. Ela tem um a capella da música ‘It Wasn’t Me’, do Shaggy, que é icônica. E quando estávamos trabalhando nela, decidimos fazer o nosso EP, Untitled, lançado no final de 2018, com quatro faixas – que são estas últimas quatro músicas do álbum.” De Rajada (feat. MC Rianny) Paulo: “Nós tínhamos criado a música quando soltamos outro EP. Este som a gente fez na época da produção do EP, mas era um som que a gente não tinha terminado, então passou um tempo, ouvimos as faixas e decidimos terminar esta, porque seria uma boa hora para lançar. E ela tem um estilo parecido com o que fazíamos no começo do projeto.” Focus Paulo: “’Focus’ é a trilha. Se tem uma coisa que posso falar dela, é que ela é a trilha. A maneira como ela foi feita não está ligada a uma ação de publicidade, mas depois que a fizemos e a escutamos, pensamos: ‘Isso daí entra em qualquer ação publicitária!’. Foi essa a impressão, de estar muito marcante, a cara de uma propaganda.” Matheus: “E o nome foi inspiração no carro Focus. Estávamos viajando e brisávamos no carro e no nome, da ideia de se manter focado.” Quando Você Chegar Matheus: “Esta foi a segunda em que colocamos o cavaco.” Paulo: “E a curiosidade é que a fizemos de maneira despretensiosa. Ficamos com um pouco de medo por causa do sample, de dar problema por conta de licença, e, para a nossa surpresa, esta faixa foi usada por Jevon, na faixa ‘Lil Zé’, que entrou para a trilha sonora do jogo Fifa 20.”

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