Coisas da Geração

Coisas da Geração

Músicas com uma levada descontraída e alto-astral, feitas por grandes amigos de Brumadinho, em Minas Gerais. Esse é o segredo do sucesso do Lagum, que conquista o público brasileiro desde 2016. Confira abaixo a entrevista exclusiva dos músicos do grupo para o Apple Music sobre o novo álbum de 2019, Coisas da Geração, que explora referências de sons nacionais e internacionais e reflete as experiências do Lagum após a fama – relacionamentos, partidas e a saudade de casa. "Chegou de Manso" Pedro Calais (vocal): “Foi uma música composta na zoeira, em 2017. Fala muito sobre relacionamentos, sobre aqueles joguinhos de demorar para responder mensagens. Basicamente é sobre isso.” "Detesto Despedidas" P.C.: “A música fala sobre estar em um estado legal, de verão, de festa, de não querer que um momento bom acabe e sobre a vida que eu gostaria de viver.” Chico Jardim (baixo): “Ela descreve bem os elementos da banda, os ritmos bem fortes que caracterizam a nossa levada.” "Andar Sozinho” (feat. Jão) P.C.: “O Jão nos chamou para participarmos de um trabalho dele. Construímos a música, foi muito rápido. Mostramos para o nosso produtor, Paul Ralphes, que disse que essa música deveria estar nele. É legal ter uma participação, um ‘feat’, na qual cada um coloca a sua mão, não só a voz.” "Oi" P.C.: “É uma música sobre distância, né? Sobre ligar para alguém para conversar, pois ainda vai demorar para poder se encontrar. Meus amigos também me falam que eu ando sumido. Além disso, ela é uma maneira de justificar para minha mãe que eu estou longe de casa, mas estou curtindo a vida.” Jorge (guitarra): “Eu peguei muita referência da música ‘Cool & Calm’, de uma banda australiana chamada Sticky Fingers, um timbre meio ‘estragado’, com ‘chorus’ e ‘reverb’. Tentei trazer isso para o riff de guitarra." "Vai Doer no Peito" P.C.: “Tive uma namorada, na época em que eu já estava fazendo shows, que me perguntava porque eu dizia tanto que a amava. ‘Está me traindo?’, ela questionava. Então fiz uma música do ponto de vista dela.” "Reggae Bom" Otávio Cardoso: (guitarra) “É um dos melhores reggaes que a gente já fez. Musicalmente fomos influenciados pelo Natiruts, com essa pegada de guitarra sem nada, sabe? Limpa e com pressão.” "Se For Para Ser" P.C.: “É uma música sobre um momento depois do término. Algo do tipo 'Se quiser ficar comigo, olha só, eu dei uma amadurecida, eu vi o mundo lá fora e decidi que não vou aceitar ser quem você quer que eu seja’.” J.: “E nas partes da guitarra, temos outra influência em comum a todos do grupo, que é a banda Sublime.” "Falando a Verdade" P.C.: “Aqui eu falo sobre não querer ficar conversando pela internet. Eu quero segurar essa saudade para quando a gente se ver pessoalmente, uma saudade ‘matada’ de verdade. Sobre ter relações reais.” "Coisa da Geração" O.C.: “Fala sobre passar mais tempo conversando com a namorada por mensagem do que pessoalmente. Sobre as pessoas que antes tinham que agradar as 50 pessoas que elas conheciam, mas agora têm que falar com 10 milhões de seguidores.” "Lua" P.C.: “A gente é muito amigo do Vitor Kley, cuja música "O Sol" estava em todos os lugares na época. Aí pensei que a gente poderia brincar com isso, porque esqueceram de fazer uma música sobre a lua, e pensar como a lua tem influência nos nossos sentimentos.” "Grato um Tanto" P.C.: "É uma música antiga, que tentamos gravar outras vezes, mas não tinha dado certo. Conta o que a gente viveu, quando tínhamos tempo para os amigos. Um tempo bom, sem trabalho, era só a gente mesmo ali.” Tio Wilson (bateria): “Mas também é algo que cabe no atual momento em que estamos vivendo.” "Fale Mais" P.C.: “Eu tinha uma colega na escola e sempre a via nas aulas, mas nunca conversávamos muito. Eu estava em uma festa, deslocado, e ela também estava lá. Começamos a conversar muito e fiquei apaixonado no dia seguinte. Queria saber mais sobre ela, queria contar mais para ela sobre mim.” J.: “É uma música com uma influência muito forte para todo mundo, o Charlie Brown Jr.” "Pedro" P.C.: “Eu desliguei meu celular por uma semana e viajei com a minha família. No caminho fui gravando os sons, barulho de avião, de xícaras, pneus, conversas. Às 3h da uma madrugada, me veio esse refrão, essa ideia de não surtar e curtir isso. Como era tarde da noite, eu canto baixinho. Nada foi regravado.” "É Seu" O.C.: “Tínhamos que ter um rock pesado no álbum! E foi gravada muito rápido, começamos de manhã, e por volta das 16h a música já estava pronta.”

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