J. S. Bach: Goldberg Variations, BWV 988

J. S. Bach: Goldberg Variations, BWV 988

O notável compositor e pianista turco Fazıl Say gravou J. S. Bach pela primeira vez em 1998 e decidiu encarar as Variações Goldberg como alívio espiritual durante a pandemia em 2020. “As Variações eram uma omissão significativa no meu repertório e na minha vida como músico”, diz Say ao Apple Music. “Com a pandemia, eu tive tempo suficiente para analisar toda a peça, que é uma obra-prima da música e da matemática. Composta há 280 anos, supostamente como remédio para um aristocrata insone, ela traz em si um imenso legado histórico. A obra já foi gravada centenas de vezes, cada uma com a sua própria personalidade e com uma abordagem distinta de andamento, dinâmica e articulação.”As Variações Goldberg foram originalmente concebidas para cravo com teclado duplo e têm trechos de mãos e dedos sobrepostos que são impossíveis de reproduzir em apenas um teclado. Mas a interpretação suave e aveludada de Say consegue ocultar essas questões. “Para manter a fluência e a qualidade da música, todo pianista que interpreta as Variações em um piano moderno tem que achar a sua própria saída para essas dificuldades”, explica Say. “Eu queria transmitir a música, a dança e a história de cada parte da obra, esse foi o patamar que estabeleci para mim.”Say começou a trabalhar nas Variações Goldberg no início da pandemia, de modo que ele teve tempo para estudar diversas variações toda semana, obtendo informações valiosas sobre a estrutura da obra. “O intérprete tem que internalizar profundamente esta obra extensa para poder apresentá-la como se fosse uma composição própria. Lidar com uma obra desta envergadura é trabalho para a vida toda. Quem sabe daqui a alguns anos, depois de ter feito novas descobertas, a gente grave tudo de novo?”

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