Amorphous chamou a atenção da indústria da música quando viralizou nas redes sociais com mash-ups que misturavam sucessos atuais com clássicos antigos. “Eu penso música como a trilha sonora da minha vida”, diz ele ao Apple Music. “O meu modo de me expressar é criando – mesmo que isso seja uma forma de lidar com situações traumáticas. Essa foi a minha saída”. Depois de alcançar o sucesso com o remix de “Kiss It Better”, de Rihanna, com “Never Too Much”, de Luther Vandross, o produtor da Filadélfia lança o seu primeiro EP, Things Take Shape, que mostra o que Amorphous faz de melhor. Apesar do EP ser classificado como R&B/soul, o projeto de seis faixas salienta a versatilidade do artista Up Next do Apple Music como produtor, com batidas house inspiradas nos seus produtores favoritos, como Timbaland, KAYTRANADA e The Neptunes. Um profundo conhecimento musical, que ele atribui à família, transparece em todo EP. “Eu escutava música de três gerações diferentes na minha casa”, diz ele. “O meu irmão é a minha maior influência musical, ele me apresentou vários tipos de música: Aaliyah, Brandy, Monica, Usher, SWV”. A faixa de abertura, “The Wave”, se inspira nessas referências do início dos anos 2000, com uma batida que soa como Timbaland com uma pitada de Pharrell Williams, sob os vocais cadenciados de Brandy. De “Back Together”, que conta com a participação de Kehlani, até as faixas para a pista de dança, como “Midnight Strikes” e “The Vibe”, o clima geral é eufórico. Para manter a energia lá em cima, Amorphous encerra o EP com “Finally (Cannot Hide It)”, uma versão atualizada de “Finally”, o sucesso de CeCe Peniston, de 1991. Com vocais de Kelly Rowland e da própria Peniston, essa versão transforma a música em um hino de amor próprio e empoderamento: “The words you used to try to hurt me/ Don’t mean a thing anymore/ Finally/ Oh, ain’t no stressing, ain’t no worries/ It’s me I’m living for.”