Quando “Another Love” subiu nas paradas em 2022, Tom Odell conquistou pela segunda vez a audiência em todo o mundo. A música – adotada como hino de protesto à morte da jovem Mahsa Amini, presa por não usar véu no Irã – já havia escalado os rankings 10 anos antes, época em que Tom Odell dava seus primeiros passos no mundo da música. O cantor e compositor havia acabado de ser descoberto por Lily Allen, que viu algo de David Bowie nele e o convidou para gravar em seu selo. Então com 21 anos, o britânico gravou o single de “Another Love”, faixa de melodia adocicada com letra de romantismo idealista que estourou no Reino Unido e rendeu o BRITs Critics' Choice Award, prêmio dado por artistas e gravadoras da indústria fonográfica britânica para estrelas em ascensão. Puxado por “Another Love”, o álbum de estreia, Long Way Down (2013), escalou as paradas e se tornou o mais vendido do Reino Unido após uma semana de lançamento, desbancando o fenômeno YEEZUS, de Kanye West. No ano seguinte, seu cover de “Real Love” dos Beatles, gravado para uma campanha publicitária, também entrou para as paradas e ficou em primeiro lugar nas buscas do aplicativo de reconhecimento de músicas Shazam. A paixão pela música – e principalmente pelo piano, que começou a tocar aos 6 anos por influência da avó – transparece nas composições de Odell. Influenciado por Elton John, Jeff Buckley, Bob Dylan e Cat Power, o músico é dono de baladas marcantes, como “Magnetised” (2016), “Half As Good As You” (2018) e “Sad Anymore” (2022). Aliado à positividade, o apelo pop das composições ultrapassou barreiras levou todo o romantismo do britânico para as pistas de dança em remixes de Locus (“Best Day of My Life”), Zwette e Tiësto (“Another Love”).